domingo, 6 de setembro de 2009

Escândalo Nojento!!!!

Bispo Edir Macedo é indiciado por lavagem de dinheiro

Segundo a denúncia da promotoria, Edir Macedo e os outros acusados desviaram dinheiro de doações de fiéis e se aproveitaram da isenção de impostos oferecida a igrejas de qualquer culto.

O juiz Glaucio de Araújo, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, abriu ação criminal contra o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e mais nove pessoas ligadas a ele, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo a denúncia da promotoria, Edir Macedo e os outros acusados desviaram dinheiro de doações de fiéis e se aproveitaram da isenção de impostos oferecida a igrejas de qualquer culto, determinada pela Constituição.

Depois de dois anos de investigação, o Ministério Público e a Justiça entenderam que houve desvio de finalidade: em vez de aplicar o dinheiro em obras de caridade e na manutenção de templos, como as igrejas fazem, os recursos das doações foram empregados na compra de empresas e visavam ao lucro por parte de Edir Macedo.

O fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e mais nove pessoas, são acusados de se apropriar ilegalmente de dízimos e de ofertas de fiéis. E de usar o dinheiro das doações para construir um patrimônio pessoal.

Diz a denúncia: “a atuação da quadrilha não conheceu limites. Seus integrantes se utilizaram da Igreja Universal do Reino de Deus para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis”.

A acusação mostrou o exemplo de gente que se sentiu enganada e recorreu à Justiça para ter o dinheiro de volta. Como Gilmosa dos Santos, que viu a filha vender utensílios domésticos e até a cama onde dormia para dar dinheiro à igreja, diante da promessa de recompensa em dobro. Maria Moreira de Pinho, que entregou cerca de R$ 30 mil, em 10 anos, acreditando que o dinheiro seria empregado em obras de caridade, o que não aconteceu.

Igrejas em geral, independentemente da religião, costumam desenvolver relevante trabalho social, e por isso, estão livres do pagamento de impostos. Mas, segundo a promotoria, ficou comprovado que, no caso da Universal, os denunciados se aproveitaram da imunidade tributária concedida pela constituição a templos de qualquer culto, para captar dízimos, ofertas e contribuições e fizeram investimentos em bens particulares.

Com base em informações de órgãos federais, os promotores afirmam que a Igreja Universal do Reino de Deus arrecada aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano. Em sete anos, entre 2001 e 2008, a igreja conseguiu cerca de R$ 8 bilhões.

Parte desse dinheiro, segundo a promotoria, foi para duas empresas de fachada, a Cremo e a Unimetro Empreendimentos, que tem sede em um prédio em São Paulo.

Elas estão registradas como empresas de compra e venda de imóveis e, de acordo com a investigação, foram usadas pelos denunciados para esconder a verdadeira origem dos recursos. Os promotores descreveram assim a lavagem do dinheiro. Em vez de aplicar os recursos em obras sociais, o dinheiro, isento de impostos, era desviado para outra finalidade.

As doações dos fiéis eram repassadas para a Unimetro e para a Cremo que, por sua vez, mandavam para duas empresas fora do Brasil, a Investholding e a Cableinvest. Elas têm sede em paraísos fiscais e, segundo a denúncia, também são controladas pelo grupo acusado. O dinheiro voltava ao Brasil na forma de empréstimos a pessoas físicas, ligadas a Edir Macedo. E era então aplicado na compra de aeronaves, imóveis e empresas de comunicação, como emissoras da rede Record.

Foi com empréstimos da Investholding e da Cableinvest que, de acordo com os promotores, membros da igreja compraram a TV Record do Rio de Janeiro por US$ 20 milhões, em 1992.

A promotoria apurou ainda que o mesmo esquema de desvio, lavagem e laranjas foi usado em outros negócios, como a compra de um avião. E, segundo o Ministério Público, o esquema também foi empregado para dissumular a origem do dinheiro na aquisição da TV Record de Itajaí. Um dos acionistas da televisão declarou aos promotores que a compra foi feita com dinheiro de fiéis.

E são muitos. Segundo a denúncia, 32 anos depois da fundação, a igreja está presente em 172 países. Tem mais de 4 mil templos no Brasil e 8 milhões de fiéis que seguem quase 10 mil pastores.

Levantamento da Folha de São Paulo, publicado em dezembro de 2007, mostra que a igreja construiu um império formado por rádios, emissoras de TV, jornais e gráficas. E, segundo a reportagem, algumas empresas são do próprio Edir Macedo.

Na denúncia que trata do destino do dinheiro das doações, os promotores afirmam que a quadrilha era liderada pelo denunciado Edir Macedo, que comandava de fato todas as ações praticadas pela organização.

Abaixo dele estão Honorilton Gonçalves, hoje vice-presidente da TV Record; João Batista Ramos da Silva, integrante da igreja e ex-deputado federal; Jerônimo Alves Ferreira, presidente do grupo Record no Rio Grande do Sul; Alba Maria da Costa, diretora de finanças da Rede Record.

E outros diretores e ex-diretores de empresas ligadas ao Grupo Universal: Osvaldo Sciorilli, Edilson da Conceição Gonzáles, Veríssimo de Jesus, João Luis Dutra Leite, Mauricio Albuquerque e Silva. Todos, denunciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Na aceitação da denúncia, o juiz da 9ª Vara criminal de São Paulo, Glaucio de Araújo, diz que, pela investigação inicial, teria havido transferência ilegal de dinheiro arrecadado em cultos religiosos para negócios de interesse dos acusados. O juiz deu dez dias de prazo para a manifestação da defesa. E mandou indiciar os dez réus. Para o juiz, já existem indícios da participação de cada um deles nos crimes descritos pela promotoria.

A denúncia, agora aceita pela Justiça, foi ilustrada com um trecho de um discurso de Edir Macedo, divulgado em 1995. No intervalo de uma partida de futebol, em Salvador, ele ensina pastores a se dirigir aos fiéis.

- Você tem que chegar e se impor. Ô, pessoal, você vai ajudar agora na obra de Deus. Se você quiser ajudar, bem, se você não quiser ajudar, Deus vai me dar outra pessoa pra ajudar. Amém. Entendeu como é? Se quiser ajudar, bem, se não quiser, que se dane! É dá ou desce! Entendeu como é que é? Nunca pode ter vergonha ou timidez. Peça, peça, peça. Se tem um que não dê, vai ter um montão que vai dar.

Ele cita um episódio bíblico para reforçar a mensagem. “Então, Moisés foi lá, com o cajado dele, com o mesmo cajado que ele tinha aberto as águas do Mar Vermelho, ele chegou e perguntou se pode sair água da rocha. Ele tocou na rocha e saiu água. Tem que perguntar quem quer ter o cajado de Moisés e dizer que você pode usar o seu cajado”, disse o bispo, rindo.

Mas do que pegajoso esse que se auto intitula Bispo.

Mas tem mais noticias:

Denúncia de promotores aponta 'prática de fraudes' contra a Universal e fiéis

Justiça abriu processo contra líderes da igreja, a pedido de promotores. Dinheiro doado por fiéis teria sido usado na compra de empresas e bens.

O juiz Gláucio de Araújo, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, abriu ação criminal contra o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e mais nove pessoas ligadas a ele, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo a denúncia da Promotoria, Edir Macedo e os outros acusados desviaram dinheiro de doações de fiéis e se aproveitaram da isenção de impostos oferecida a igrejas de qualquer culto, determinada pela Constituição.

Depois de dois anos de investigação, o Ministério Público e a Justiça entenderam que houve desvio de finalidade: em vez de aplicar o dinheiro em obras de caridade e na manutenção de templos, como as igrejas fazem, os recursos das doações foram empregrados na compra de empresas e visavam ao lucro por parte de Edir Macedo.

O fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e mais nove pessoas, são acusados de se apropriar ilegalmente de dízimos e de ofertas de fiéis e de usar o dinheiro das doações para construir um patrimônio pessoal.

Diz a denúncia: "A atuação da quadrilha não conheceu limites. Seus integrantes se utilizaram da Igreja Universal do Reino de Deus para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis".

A acusação mostrou o exemplo de gente que se sentiu enganada e recorreu à Justiça para ter o dinheiro de volta, como Gilmosa dos Santos, que viu a filha vender utensílios domésticos e até a cama onde dormia para dar dinheiro à igreja, diante da promessa de recompensa em dobro. Maria Moreira de Pinho entregou cerca de R$ 30 mil, em dez anos, acreditando que o dinheiro seria empregado em obras de caridade, o que não aconteceu.

Igrejas, em geral, independentemente da religião, costumam desenvolver relevante trabalho social - e por isso, estão livres do pagamento de impostos.

Mas, segundo a promotoria, ficou comprovado que, no caso da Universal, os denunciados se aproveitaram da imunidade tributária concedida pela Constituição a templos de qualquer culto, para captar dízimos, ofertas e contribuições e fizeram investimentos em bens particulares.

Com base em informações de órgãos federais, os promotores afirmam que a Igreja Universal do Reino de Deus arrecada aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano. Em sete anos - entre 2001 e 2008 - a igreja conseguiu cerca de R$ 8 bilhões.

Parte desse dinheiro, segundo a promotoria, foi para duas empresas de fachada, a Cremo e a Unimetro Empreendimentos, com sede em São Paulo. Elas estão registradas como empresas de compra e venda de imóveis e, de acordo com a investigação, foram usadas pelos denunciados para esconder a verdadeira origem dos recursos.

Os promotores descreveram assim a lavagem do dinheiro: "Em vez de aplicar os recursos em obras sociais, o dinheiro, isento de impostos, era desviado para outra finalidade. As doações dos fiéis eram repassadas para a Unimetro e para a Cremo, que, por sua vez, mandavam para duas empresas fora do Brasil - a Investholding e a Cableinvest". Elas têm sede em paraísos fiscais e, segundo a denúncia, também são controladas pelo grupo acusado.

O dinheiro voltava ao Brasil na forma de empréstimos a pessoas físicas, ligadas a Edir Macedo. E era então aplicado na compra de aeronaves, imóveis e empresas de comunicação, como emissoras da rede Record.

Foi com empréstimos da Investholding e da Cableinvest que, de acordo com os promotores, membros da igreja compraram a TV Record do Rio de Janeiro por US$ 20 milhões, em 1992.

A promotoria apurou ainda que o mesmo esquema de desvio, lavagem e laranjas foi usado em outros negócios, como a compra de um avião.

Segundo o Ministério Público, o esquema também foi empregado para dissimular a origem do dinheiro na aquisição da TV Record de Itajaí (SC). Um dos acionistas da televisão declarou aos promotores que a compra foi feita com dinheiro de fiéis.

Segundo a denúncia, 32 anos depois da fundação, a igreja está presente em 172 países, tem mais de 4 mil templos no Brasil e 8 milhões de fiéis que seguem quase 10 mil pastores.

Levantamento da “Folha de S.Paulo”, publicado em dezembro de 2007, mostra que a igreja construiu um império formado por rádios, emissoras de TV, jornais, gráficas. Segundo a reportagem, algumas empresas são do próprio Edir Macedo.

Na denúncia que trata do destino do dinheiro das doações, os promotores afirmam: "A quadrilha era liderada pelo denunciado Edir Macedo, que comandava de fato todas as ações praticadas pela organização".

Abaixo dele, estão Honorilton Gonçalves, hoje vice-presidente da TV Record; João Batista Ramos da Silva, integrante da igreja e ex-deputado federal; Jerônimo Alves Ferreira, presidente do grupo Record no Rio Grande do Sul; Alba Maria da Costa, diretora de finanças da Rede Record; e outros diretores e ex-diretores de empresas ligadas ao grupo Universal: Osvaldo Sciorilli, Edilson da Conceição Gonzales, Verissimo de Jesus, João Luis Dutra Leite e Maurício Albuquerque e Silva, todos, denunciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Na aceitação da denúncia, o juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Glaucio de Araujo, diz que, pela investigação inicial, teria havido transferência ilegal de dinheiro arrecadado em cultos religiosos para negócios de interesse dos acusados.

O juiz deu dez dias de prazo para a manifestação da defesa e mandou indiciar os dez réus. Para o juiz, já existem indícios da participação de cada um deles nos crimes descritos pela promotoria.

A denúncia, agora aceita pela Justiça, foi ilustrada com um trecho de um discurso de Edir Macedo, divulgado em 1995. No intervalo de uma partida de futebol, em Salvador, ele ensina pastores a se dirigirem aos fiéis. "Você tem que chegar e se impor. Ó pessoal, você vai ajudar agora na obra de Deus. Se você quiser ajudar, amém, se não quiser ajudar, Deus vai me dar outra pessoa pra ajudar. Amém. Entendeu como é? Se quiser, bem, se não quiser, que se dane! Ou dá ou desce! Entendeu como é que é? Então, você nunca pode ter vergonha, não pode ter timidez. Peça, peça, peça e, quem quiser dar dá e quem não quiser não dá. E, se tiver alguém que não dê, vai ter um montão que vai dar.”

E ele cita um episódio bíblico para reforçar a mensagem: - Então, Moisés foi lá, com o cajado dele, com aquele mesmo cajado que ele tinha aberto as águas do Mar Vermelho, visto tantos milagres, ele chegou e perguntou: ‘por acaso pode dessa rocha sair água?’. Ele tocou na rocha assim. Quando ele tocou na rocha, saiu água. - Por acaso, né?” - Por acaso!” - Aí, eu pergunto assim: quem é que gostaria de ter o cajado de Moisés? Aí o povo: `eeeuuu!’. Pois você tem, agora é só você usar o seu cajado. - Dez mil, traz aqui. - Entendeu como é que é? É a fé.

Outro lado


O advogado dos réus, Arthur Lavigne, afirmou que já houve inúmeros inquéritos contra Edir Macedo e eles foram arquivados.


MP vai rastrear dinheiro de Macedo no exterior

A promotoria concluiu que empresas de comunicação estão entre as que receberam ilegalmente dinheiro de doações de fiéis da Igreja Universal que deveriam ter sido usadas em obras de caridade.

O Ministério Público de São Paulo vai pedir ajuda internacional para rastrear movimentações financeiras na investigação de lavagem de dinheiro contra Edir Macedo e mais nove pessoas.

A promotoria concluiu que empresas de comunicação estão entre as que receberam ilegalmente dinheiro de doações de fiéis da Igreja Universal que deveriam ter sido usadas em obras de caridade.

O Jornal Estado de São Paulo teve acesso a documentos que fazem parte da investigação feita contra o fundador da Igreja Universal, Edir Macedo, e outras pessoas ligadas a ele e à igreja. As informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Coaf, revelam que o dinheiro dos fiéis, arrecadado para a manutenção da igreja e obras sociais, era desviado para a compra de empresas de comunicação.

O relatório faz parte da investigação de dois anos do Ministério Publico de São Paulo, que culminou na denúncia contra Edir Macedo e nove pessoas ligadas, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo a promotoria, em vez de aplicar o dinheiro dos fiéis em obras de assistência ou na manutenção dos templos, Edir Macedo e os outros acusados usaram os recursos em benefício próprio.

Todos agora são réus no processo que apura desvio de dinheiro de fiéis para a compra de bens e empresas em nome de particulares próximos a Edir Macedo, inclusive emissoras de TV e de rádio.

A reportagem afirma: "oito empresas de comunicação, entre elas a rádio e televisão Record estão entre as dez principais beneficiárias de transferências eletrônicas ou depósitos bancários que saíram da Igreja Universal do Reino de Deus”.

Outras beneficiárias: Edminas, Rede Mulher de Televisão, Editora Gráfica Universal, e Rede Família de Comunicação, todas ligadas ao grupo.

Ainda de acordo com o jornal, dos R$ 8 bilhões que passaram pela igreja e por empresas ligadas a ela em sete anos, R$ 300 milhões foram movimentados em cinco países: México, Venezuela, Estados Unidos, África do Sul e Chile.

Durante a fase de inquérito, a maior parte dos acusados foi intimada e se apresentou na delegacia. Mas, por orientação do advogado, eles disseram que falariam apenas diante do juiz. Segundo a polícia, Edir Macedo não compareceu.

A intimação dele foi entregue à defesa, já que o bispo mora nos Estados Unidos. Segundo a promotoria, a investigação vai prosseguir agora, com um novo pedido de ajuda internacional para localizar valores que possam ter sido movimentados ilegalmente no exterior.

Universal: denúncia contra Edir Macedo, que teria falsificado documentos, reúne casos de fiéis coagidos a doar até cama onde dormiam.

SÃO PAULO - Um diploma assinado por Jesus Cristo e uma chave do céu estão entre os "prêmios" entregues a fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus explorados em sua fé. Pastores chegavam a dizer que aqueles que amam Jesus deveriam pôr a chave de seus carros nas sacolinhas que circulam pelos tempos, de acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, aceita segunda-feira pelo juiz da 9ª Vara Criminal da capital, Gláucio Roberto Brittes de Araújo. Tornaram-se réus o bispo Edir Macedo, fundador e chefe da Universal, e mais nove membros da igreja. É o que mostra reportagem de Adauri Antunes Barbosa e Flávio Freire na edição desta quarta-feira em O GLOBO.

Macedo teria falsificado documentos para ocultar compra de emissoras

Uma das linhas de investigação do MP contra Edir Macedo, é a descoberta de que o grupo chefiado pelo bispo ocultaria bens e falsificaria documentos para a compra de emissoras de rádio e TV. Num dos capítulos da denúncia, denominado "ocultação de bens pertencentes ao grupo criminoso", os promotores apresentaram documentos que provariam uma série de negociações escusas na aquisição da TV Itajaí, em Santa Catarina, e na transferência de ações da rádio Record e das emissoras da TV Record em São Paulo, Franca e Rio Preto.

Um dos alvos do MP foi a negociação para a compra da TV Itajaí, afiliada da Rede Record. De acordo com as investigações, o bispo teria falsificado documentos para mudar a retransmissora de dono. Inicialmente adquirida por Marcelo Nascente Pires, a TV passou para o nome de um bispo de confiança de Macedo com uso de documento falso, segundo o MP.

As investigações encontraram casos como o de Maria Moreira de Pinho, obreira da Universal no bairro paulistano do Brás, que teria perdido R$ 30 mil. "Durante o período em que frequentou a Igreja Universal do Reino de Deus, a vítima ouviu pessoalmente dos pastores, inclusive do próprio Edir Macedo, a afirmação de que os fiéis deviam fazer ofertas além do próprio dízimo, pois somente assim seriam abençoados. Ela pôde presenciar fiéis sendo humilhados por pastores da Igreja, já que eram constrangidos a efetuarem doações substanciais como única forma de atingirem seus objetivos pessoais", segundo a denúncia aceita pelo juiz. Maria teria feito doações por quase dez anos à Universal, entregando 10% de seus ganhos mensais. Vendeu um imóvel e doou parte do dinheiro à Universal, acreditando que seria recompensada e que o dinheiro seria empregado em obras de caridade, o que nunca aconteceu. Ela entrou com ação na Justiça.

'Peça, peça, peça! E quem quiser dar, dá'

De acordo com a denúncia, o bispo Edir Macedo, utilizando-se da Igreja Universal do Reino de Deus, criou com os demais denunciados um sistema de arrecadação de dinheiro junto aos fiéis baseado em falsas curas milagrosas e depoimentos forjados, dentre outras promessas de soluções para todos os males. Em discurso gravado em vídeo em 1992, citado na denúncia, o chefe da Universal diz a pastores: "Você não pode nunca ter vergonha, não pode ter timidez... Peça, peça, peça! E quem quiser dar, dá, quem não quiser não dá. E se tiver alguém que não dê, tem um montão que vai dar".

Outra condenação da Universal relacionada na denúncia envolve a restituição de um carro e o pagamento de indenização de R$ 10 mil a Gilmosa dos Santos, de Goiânia. Segundo o processo, depois da morte de seu marido, em 2005, a filha do casal entrou em depressão e passou a frequentar cultos da Universal. "Com o tempo, a moça começou a ser pressionada pelo pastor e fazer doações", diz a denúncia.

"A promessa do religioso era de que as recompensas viriam em dobro. Edilene vendeu seus utensílios domésticos, móveis e até a cama onde dormia para dar dinheiro à igreja. A doação seguinte foi o carro da mãe, que assinou o documento achando que o automóvel seria vendido", diz a denúncia aceita pela Justiça.

Na sentença, o juiz Jeová Sardinha de Moraes, de Goiânia, determinou que o carro fosse imediatamente restituído, além de fixar indenização de R$ 10 mil por danos morais.

'Abençoador: Senhor Jesus Cristo'

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida". A citação do livro de Malaquias é a mensagem impressa no "Diploma de Dizimista", assinado por ninguém menos que Jesus Cristo. O certificado é um dos guardados do porteiro aposentado Edson Luiz de Melo, de 45 anos, ex-fiel da Igreja Universal do Reino de Deus em Belo Horizonte, no meio de uma sacola cheia de cajados, arcas, taças, óleos para banho de descarrego e uma infinidade de objetos de carga simbólica. Foram cinco anos de contribuição, que, nas palavras de familiares, o levaram à falência e à loucura.

De 1996 a 2001, Edson Luiz frequentou o templo da Universal no Centro de Belo Horizonte. Passava pelo local a caminho do trabalho e um dia, curioso, entrou para ver. Só saiu cinco anos depois, quando a mãe, a pensionista Dulce da Conceição Melo, de 65, resolveu interditá-lo na Justiça para que parasse de entregar tudo o que tinha no altar. E ajuizar ação cobrando restituição financeira e indenização pelos danos morais.

Portador de sofrimento mental, o porteiro fazia doações de 15% do salário, além de ofertas. Segundo a família, também entregava vales-refeição e transporte. Até uma chácara foi vendida, por R$ 5.390, e o cheque teria sido levado aos pastores.

Advogado: Receita considerou legal
O advogado Arthur Lavigne foi procurado segunda e terça pelo GLOBO, mas não atendeu. No "Jornal Nacional", da TV Globo, ele, que representa os dez réus ligados à Universal, disse nesta terça que inúmeros inquéritos contra Macedo já foram arquivados, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF).


- A origem disso tudo é 1992, quando foi adquirida, por alguns fiéis da Igreja Universal, a TV Record do Rio de Janeiro. Nessa época houve um empréstimo do exterior para que fosse feita a aquisição - disse, afirmando que a Receita considerou a movimentação financeira legal.


Grupo tem frota aérea para transportar dinheiro

Como arrecada parte de sua receita anual de R$ 1,4 bilhão em dinheiro vivo, junto a oito milhões de fiéis que frequentam 4.500 templos espalhados por 1.500 cidades brasileiras, a Igreja Universal do Reino de Deus montou um bem estruturado esquema aéreo para transportar o dinheiro país afora e até para o exterior, segundo denúncia do Ministério Público Estadual aceita pela Justiça paulista.


Pelas investigações, a Igreja Universal preferencialmente movimenta seu dinheiro em espécie. Após a arrecadação em cultos e atos nos templos, o dinheiro é acondicionado em sacolas e transportado em aviões particulares, segundo a denúncia do MP.


A empresa Alliance Jet, com sede em Sorocaba, no interior de São Paulo, é o braço aéreo do esquema da Universal. Ela tem em sua frota jatinhos potentes que cruzam oceanos e com os quais Edir Macedo viaja aos Estados Unidos, onde mora.


(Colaboraram Germano Oliveira, Fábio Fabrini, Ana Paula de Carvalho e Juraci Perboni)


O mais nojento de tudo é que as tais “obras de Caridade” ao menos existiam.

Doações à igreja não foram para caridade

Segundo a denúncia da promotoria, as doações de fiéis, que deveriam financiar obras de caridade, tiveram outro destino na Igreja Universal. Edir Macedo e os acusados teriam enriquecido ilicitamente.

Segundo a denúncia da promotoria, as doações de fiéis, que deveriam financiar obras de caridade, tiveram outro destino na Igreja Universal. Edir Macedo e os acusados teriam enriquecido ilicitamente.


Em templos e igrejas de praticamente todas as religiões, o pedido de dinheiro é um procedimento comum. Com doações de fiéis, são financiadas as obras de caridade.

Mas, segundo a denúncia da promotoria, Edir Macedo deu outro destino ao dinheiro doado à Igreja Universal.

Uma visita a cultos da Igreja Universal do Reino de Deus ilustra o que a denúncia descreve. “E você vai apresentar neste altar o teu sacrifício, que é de R$ 100 mil, que é de R$ 50 mil, de R$ 30 mil, de R$ 20 mil, de R$ 10 mil. Eu vou me desfazer daquela casa que eu tenho, daquele carro ou daquele apartamento, ou do que eu tenho. Eu vou colocar os R$ 10 mil no altar, eu vou tirar da minha poupança, mas como sacrifício será válido, meu Deus!”

Não haveria nenhuma ilegalidade na coleta de doações, se o destino dos recursos fosse outro. Os promotores lembram na denúncia que a Constituição Federal inclusive determina que igrejas não paguem impostos, para que o dinheiro das ofertas possa ser integralmente aplicado em assistência social e na manutenção dos templos onde a fé é praticada.

O que a denúncia contra Edir Macedo atesta é que ele e outros acusados vêm tirando dinheiro dos fiéis não para investir na igreja ou em assistência social. Mas para enriquecer ilicitamente. “Eu tenho fé pra dar meu carro agora, já pega a chave, documento, preenche seu papel, diga, ô meu Deus, eu tô colocando aqui no teu altar”.


Estas imagens foram gravadas três anos atrás, em Porto Alegre. A RBS, afiliada da TV Globo, registrou a maneira como os pastores agem. Segundo a denúncia, eles seguem ordens de Edir Macedo. E são avaliados principalmente pela capacidade de recolher dinheiro. Recursos que depois são desviados para empresas, o que foge do propósito de assistência social e religiosa de uma igreja.


Que o menor dízimo seja R$ 1 mil, em nome de Jesus! - Se você vai ser fiel realmente, diga, meu Deus! Eu vou ser fiel! - Eu vou ser fiel. - Em devolver. - Em devolver. - Dez por cento. - Dez por cento. - De tudo o que vier. - De tudo o que vier. - Em minha mãos. - Em minhas mãos. - Nesta semana. - Nesta semana.



Para os promotores ficou claro que, sob o comando de Edir Macedo, os pastores não se contentam com o dízimo, os 10% do salário. O objetivo é arrecadar sempre mais, desviar o dinheiro e fazer fortuna particular às custas da igreja.


“E você vai pegar o que você tem e você vai colocar no altar. Então, pega o que você tem, pro teu sustento, pega aqui e deixa aqui pra Deus. Hoje é tudo ou nada. Em nome do senhor Jesus!”.


A denúncia afirma que as doações serviram para comprar bens e empresas, o que lesou os fiéis e a própria igreja. Um homem já frequentou a Igreja Universal. Ele falou em 2006 para a RBS. E disse que fez doações, enganado por pastores que agem em nome de Edir Macedo.


“Eu comecei com R$ 50, depois dei R$ 100, depois dei R$ 1 mil, depois R$ 2 mil, outra vez. Dei R$ 5 mil e aí foi indo, vendi geladeira, freezer, microondas. Porque eles incentivam a gente a não dar valor a coisas materiais. O que importa é estar com o coração limpo”, disse o homem.


Ele diz que chegou a ser obreiro, um auxiliar da igreja. E, assim, participou de fogueiras santas de Israel, as campanhas para aumentar a arrecadação. E conta que, nas cerimônias, pastores usavam um falso óleo santo para induzir os fiéis a doar.


“O óleo santo de Israel, eles diziam. E eu acreditava, até o dia que eu fui comprar. Não, compra qualquer óleo, nós ia lá e comprava lata de óleo e botava nos vidrinhos, como se fosse óleo santo de Israel. Aí as pessoas ficam comovidas e ofertam”, contou.


Entre antigos seguidores que se apresentaram à Justiça como vítimas iludidas por promessas milagrosas, está um morador de Minas Gerais. Ele sofre de uma doença mental. E, em troca de doações para a igreja, recebeu a chave do céu e um diploma, assinado por Jesus Cristo.


Mais uma evidência mostrada na denúncia de que os acusados se afastaram dos propósitos da religião. Como nas imagens registradas em Brasília, em 2005, que mostram a pilha de reais apreendida num avião fretado pela Universal.


Ou ainda no flagrante feito em Nova York, dez anos antes. É o retrato da satisfação do fundador da igreja diante da generosidade dos americanos. Com suas doações em dólar.


E não é de hoje que isso acontece, vejam:

Denúncia contra Universal reúne casos de fiéis coagidos a doar até cama onde dormiam

Edir Macedo e mais nove viram réus por lavagem de dinheiro

Entre os "prêmios" entregues a fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus estão um diploma assinado por Jesus Cristo e uma chave do céu. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual de São Paulo, aceita segunda-feira pelo juiz da 9ª Vara Criminal da capital, Gláucio Roberto Brittes de Araújo, pastores chegavam a dizer que aqueles que amam Jesus deveriam pôr a chave de seus carros nas sacolinhas que circulam pelos tempos.


A Justiça de São Paulo acatou nesta segunda-feira (10/08) a denúncia contra o bispo Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.


A edição impressão do jornal O Globo desta quarta-feira publicou o caso de Maria Moreira de Pinho, obreira da Universal no bairro paulistano do Brás, que teria perdido R$ 30 mil. Segundo a denúncia aceita pelo juiz, "durante o período em que frequentou a Igreja Universal do Reino de Deus, a vítima ouviu pessoalmente dos pastores, inclusive do próprio Edir Macedo, a afirmação de que os fiéis deviam fazer ofertas além do próprio dízimo, pois somente assim seriam abençoados. Ela pôde presenciar fiéis sendo humilhados por pastores da Igreja, já que eram constrangidos a efetuarem doações substanciais como única forma de atingirem seus objetivos pessoais".


Maria teria feito doações por quase dez anos à Igreja Universal, doando 10% de seus ganhos mensais. Vendeu um imóvel e entregou parte do dinheiro à igreja, acreditando que seria recompensada e que a quantia seria empregada em obras de caridade, o que não aconteceu. Maria entrou com ação na Justiça.


A denúncia também mostra outra condenação da Universal envolvendo a restituição de um carro e o pagamento de indenização de R$ 10 mil a Gilmosa dos Santos, de Goiânia. De acordo com o processo, depois da morte de seu marido, em 2005, a filha do casal entrou em depressão e passou a frequentar cultos da Igreja Universal. A denúncia diz que "com o tempo, a moça começou a ser pressionada pelo pastor e fazer doações".


Ainda segundo a denúncia aceita pela Justiça, "a promessa do religioso era de que as recompensas viriam em dobro. Edilene vendeu seus utensílios domésticos, móveis e até a cama onde dormia para dar dinheiro à igreja. A doação seguinte foi o carro da mãe, que assinou o documento achando que o automóvel seria vendido".


Conforme reportagem do jornal O Globo, o juiz Jeová Sardinha de Moraes, de Goiânia, determinou na sentença que o carro fosse imediatamente restituído, além de fixar indenização de R$ 10 mil por danos morais.


Reflexão:

Sabe o que diminui um pouco nossa indignação, é saber que estes tais homens de Deus, terão o seu em dobro, eu como um estudante de Direito, lhes digo, talvez nem de em nada mesmo, talvez estes bandidos não sejam condenados, porém agora falando como cristão que sou a condenação maior vem do Senhor Jesus, pois eles vão acertar contas com Ele, ai sim, tenho muita pena do que pode acontecer com todos desta quadrilha, por que furtar, roubar, matar, trapacear, é condenado por Deus, mas quando estes crimes são feitos em nome ou melhor usando o nome do Altíssimo., nosso Senhor Jesus Cristo, ai meus irmão, com perdão da palavra, vão estar fudidos.
Essa é minha opinião, é minha indignação, é o que eu quero lhes dizer.

Pois acima de tudo, dou gloria Deus, pois meu Deus é poderoso, e quem sabe se eles um dia se arrependerem, Deus possa perdoados. Que assim seja.

Deus seja louvado.


(A respeito da briga Rede Record X Rede Globo, nem vou comentar, o desespero dessa outra facção chamada Grupo Record, para não cair na desgraça do público.)


(Todas as informações foram tiradas de site de noticias na internet.).

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